G: E me falta o alfinete.
AG: E quem tem o alfinete?
sábado, 5 de dezembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Preciso de conversas que poucos podem me dar
G: Tolerância.
Fui pro mato, fui pra ilha.
Muitas pessoas, mas estive sozinha.
Fui pro mato, fui pra ilha.
Muitas pessoas, mas estive sozinha.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Eu sentindo que ele ia...
Sentado com os olhos fixos nela. Uma garrafa de água na mesa. A única coisa que ele fazia era sorrir. Felicidade ou insensatez?
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Turno: vespertino
Pegamos os pensamentos e colocamos num liquidificador na potência máxima.
Servimos em copos de café descartável. Sem preço. Quer experimentar?
Servimos em copos de café descartável. Sem preço. Quer experimentar?
sábado, 19 de setembro de 2009
Luz de velas
A: Aqui tá acontecendo muita coisa, muita coisa.
G: Aqui também.
Sintetizar experiências? Nunca. Melhor o silêncio.
G: Aqui também.
Sintetizar experiências? Nunca. Melhor o silêncio.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
Varal de roupas
G: Um turbilhão de metáforas. Lavar a roupa suja. O vento forte lá fora. Elas batendo na cara como se fossem tapas e alguém me dizendo pra acordar.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Independência ou Morte
G: Esse questionamento tem me deixado suspensa. Ando sublimando pensamentos. Antes sólidos, agora completamente gasosos, se perdendo no espaço com o calor das emoções vividas. Preciso do tempo para ressublimá-los. Voltar ao estado sólido que me ancora no real, sem o calor das emoções que mascaram as decisões mais difíceis.
Tremo... de tesão e de medo.
Tremo... de tesão e de medo.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Sonho de descarga
G: Mas cara, tem momentos pra associações, e momentos que tem que se desprender delas. Essa é a chave.
A: Pois é, mas eu perdi a chave já.
G: Perdeu até a porta!
A: E não tenho cópia. Exatamente.
G: E agora?
A: Tô desenhando uma porta de papel e tentando entrar nela, pra ver se me sinto mais em casa.
A: Pois é, mas eu perdi a chave já.
G: Perdeu até a porta!
A: E não tenho cópia. Exatamente.
G: E agora?
A: Tô desenhando uma porta de papel e tentando entrar nela, pra ver se me sinto mais em casa.
Sobre coisas que não fazem barulho
G: Somos viciados em sinais luminosos, sonoros, olfativos, táteis... o prazer do gosto do que vem desse mundo de fora, dos outros. Mas quando é pra gente perceber o que sentimos aqui dentro, ah... quem dá a devida atenção?
G: Eu estava num lugar que me é tipicamente familiar. Lugar que frequento, e que já me fez pensar muito, sobre saber toda a verdade e ainda frequentar. E senti, foi meu corpo que dizia, que eu tinha que sair dali. Era um silêncio insustentável. Sabia que eu precisava de dinheiro. Mas a dor no corpo inteiro e até nos pensamentos era tanta que desci as escadas correndo, cheguei tonta na rua e perdi a direção. Queria ir embora mas já não sabia pra onde. Vagueei nas ruas até o cansaço chegar, e quando lembrei da direção, lembrei junto que tinha esquecido da grana. Pensei em pedir, pensei em caminhar até onde conseguiria chegar. Mas voltei pra lá, mesmo eu toda dizendo que não. E quando cheguei, cheguei e senti um único sentimento que me dizia: fique! Fiquei até a hora de ir embora de vez. Definitivamente... não sei.
G: Amanhã era um dia que eu queria estar aí.
AG: É verdade... amanhã é um dia que eu queria que tu estivesse.
G: Eu estava num lugar que me é tipicamente familiar. Lugar que frequento, e que já me fez pensar muito, sobre saber toda a verdade e ainda frequentar. E senti, foi meu corpo que dizia, que eu tinha que sair dali. Era um silêncio insustentável. Sabia que eu precisava de dinheiro. Mas a dor no corpo inteiro e até nos pensamentos era tanta que desci as escadas correndo, cheguei tonta na rua e perdi a direção. Queria ir embora mas já não sabia pra onde. Vagueei nas ruas até o cansaço chegar, e quando lembrei da direção, lembrei junto que tinha esquecido da grana. Pensei em pedir, pensei em caminhar até onde conseguiria chegar. Mas voltei pra lá, mesmo eu toda dizendo que não. E quando cheguei, cheguei e senti um único sentimento que me dizia: fique! Fiquei até a hora de ir embora de vez. Definitivamente... não sei.
G: Amanhã era um dia que eu queria estar aí.
AG: É verdade... amanhã é um dia que eu queria que tu estivesse.
Persona
G: Acho que essa pira de eu tornar a falar sobre inconsciente deu uma ativada na minha atividade 'anímica'. Mas olha só. Tinha uma menininha, e um cachorrinho. Eles tavam brincando num hall de uma casa bem grande, ela era uma menininha mimada que tinha um cachorrinho engomado, encantador e sapeca. No hall tinha um espelho grande e dali se via a grande escadaria que dava acesso ao piso superior. Apareceu uma pessoa, e isso ativou um outro lado do cachorro e da menininha. O que acontecia era que quando não tinha ninguém por perto, o cachorro virava sanguinário, tentando morder ela, salivando muito, com os dentes expostos. Ela por sua vez virava uma gatinha, indefesa aparentemente, mas com as unhas super afiadas. Os dois brigavam, se atacavam, rolavam, mas tudo era prazeiroso. Quando aparecia alguém eles tomavam sua forma de aparecer para o mundo: a menininha com seu vestidinho branco com lacinhos e fitas nos cabelos, e o cachorro abanando o rabo com um 'sorriso' no rosto. Assim que a pessoa virava eles voltavam a se atacar, e gostavam dessa relação maluca de ser dois em um só.
7, 8, 9...
7, 8, 9...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Except me and my monkey
G: Acordei inúmeras vezes durante a noite e sempre me lembrava da mesma imagem e palavra. A imagem: eu, eu e ele, só ele. Como num flash apareciam as três imagens na sequência. Não sei se era eu, e pouco sei de quem era ele. A palavra: tridimensional. Pode me explicar que merda é essa?
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Faltou a barba
A: Sabe que me identifiquei com o novo porteiro, ele também tem bigode como eu! E o melhor... ontem passei em outro turno na portaria e o zelador da noite também ta de bigode. Ja gostava dele e agora gosto mais ainda.
A: Mas agora não sei se eles estão me copiando ou se acham que estou copiando eles!
AG: Mas o que importa isto?
A: Não sei. Mas ontem notei que o primeiro porteiro de bigode se identificou comigo também. Estava chegando no hall de entrada do prédio e levemente virei a cabeça para encontrar o bigode dele mais uma vez, mas dei de cara com os olhos, um sorriso disforme e focalizei o bigode. Talvez ele também fizesse o mesmo com o meu. E então ele me perguntou:
AG: Você é Evangélico?
A: Nããooo! (fui iniciar um sorriso mas freei o lábio e engatei):
A: Mas, por quê?
AG: É que te vi, no elevador, lendo um livro grande. Pensei que fosse a bíblia!
A: Ahhh, não - era um outro livro. É que gosto de ler. (Para compensar o pneu furado, do sorriso que quase arranquei, continuei):
A: Mas a bíblia é um livro ´legal´.
AG: É, tem muita coisa boa la, pra gente, né?
A: Sim, com certeza.
AG: Mas sabe que eu não gosto de ler. Começo a ler e fica tudo embaçado, assim..., não tem como.
A: Mas isto é questão de bigode, quer dizer, é questão de acostumar! Tem que acelerar na subida que depois vai embora na banguela e em pouco tempo esta tudo desembaçado.
Sorrisos e cada um olhava no bigode do outro.
A: Mas agora não sei se eles estão me copiando ou se acham que estou copiando eles!
AG: Mas o que importa isto?
A: Não sei. Mas ontem notei que o primeiro porteiro de bigode se identificou comigo também. Estava chegando no hall de entrada do prédio e levemente virei a cabeça para encontrar o bigode dele mais uma vez, mas dei de cara com os olhos, um sorriso disforme e focalizei o bigode. Talvez ele também fizesse o mesmo com o meu. E então ele me perguntou:
AG: Você é Evangélico?
A: Nããooo! (fui iniciar um sorriso mas freei o lábio e engatei):
A: Mas, por quê?
AG: É que te vi, no elevador, lendo um livro grande. Pensei que fosse a bíblia!
A: Ahhh, não - era um outro livro. É que gosto de ler. (Para compensar o pneu furado, do sorriso que quase arranquei, continuei):
A: Mas a bíblia é um livro ´legal´.
AG: É, tem muita coisa boa la, pra gente, né?
A: Sim, com certeza.
AG: Mas sabe que eu não gosto de ler. Começo a ler e fica tudo embaçado, assim..., não tem como.
A: Mas isto é questão de bigode, quer dizer, é questão de acostumar! Tem que acelerar na subida que depois vai embora na banguela e em pouco tempo esta tudo desembaçado.
Sorrisos e cada um olhava no bigode do outro.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Zé Quadrado
G: Conte-me mais de ti.
AG: Mais de mim? Não sei falar de mim eu acho. Talvez eu fale só sobre o que eu acho que sou.
G: Ótimo.
AG: E tu? Me fale de ti então... pra eu ver se sei falar de mim.
G: Descobri que preciso de molduras pois nunca as tive. Pinto as telas jogando tinta sem pensar no sentido que elas terão. Talvez as molduras dessem sentido, ou mesmo o fato de não deixar as telas jogadas fosse um alento.
AG: O problema é que as molduras limitam.
G: Quero só as que embelezam, e me dão sentido.
AG: Eu também careço de sentido.
G: Rasgada de tristeza essa música.
AG: É. Mas é uma tristeza boa.
G: Será? Vou escutar de novo.
AG: Eu tô muito estranho hoje. Ansioso e cansado.
G: Nossa. Sinto a mesma coisa.
AG: Não sei se quero sair correndo ou me atirar na grama.
G: Grama! Adoro grama!
AG: Acho que o ideal seria o conjunto. Corre, corre, e se atira na grama.
G: Excelente!
AG: Mais de mim? Não sei falar de mim eu acho. Talvez eu fale só sobre o que eu acho que sou.
G: Ótimo.
AG: E tu? Me fale de ti então... pra eu ver se sei falar de mim.
G: Descobri que preciso de molduras pois nunca as tive. Pinto as telas jogando tinta sem pensar no sentido que elas terão. Talvez as molduras dessem sentido, ou mesmo o fato de não deixar as telas jogadas fosse um alento.
AG: O problema é que as molduras limitam.
G: Quero só as que embelezam, e me dão sentido.
AG: Eu também careço de sentido.
G: Rasgada de tristeza essa música.
AG: É. Mas é uma tristeza boa.
G: Será? Vou escutar de novo.
AG: Eu tô muito estranho hoje. Ansioso e cansado.
G: Nossa. Sinto a mesma coisa.
AG: Não sei se quero sair correndo ou me atirar na grama.
G: Grama! Adoro grama!
AG: Acho que o ideal seria o conjunto. Corre, corre, e se atira na grama.
G: Excelente!
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Alienação coletiva na sobri-edade
G: Oi. Tem um termômetro aí?
A: O quê? Pra quê? Tá com febre?
G: Tô.
A: Dor de garganta? Tá tossindo?
G: Tô.
A: Gripe? Gripe suína?
G: Sei lá.
A: Puta merda. Abre as janelas aí que tô indo.
A: Fiquei em casa enrolando, lendo. Tentando dar outra roupagem naquilo que já existiu. Nóia.
G: Você acabou de desconstruir isso. Continua.
A: Pensei: vô toma um banho. Não, tô muito atrasado. Escutei um barulho de janela da sacada, pensei que meus pais saiam da sala pra lá, lembrei do termômetro e pensei que era o momento. Escutei outro barulho e pensei: nossa, não vai dar pra pegar mais.
G: Hahaha.
A: Cara, os ruídos que a gente faz pra disfarçar os barulhos. Tipo: puxar a descarga pra peidar. Entrei na cozinha, daí eu fiz o ruído: abrir o armário. Isso pra pegar o termômetro dentro da caixinha, que também faz barulho. Aí eu ia ter que abrir a torneira ou a geladeira pra fazer outro barulho, pra disfarçar a caixinha. Fodeu...
G: Porra!
A: Tudo isso, e ninguém ia escutar, porque eles tavam vendo televisão. Aí não achei e tive que dar a mensagem: mãe, cadê o termômetro? Meu pai olhou pra mim.
AG: Eu não sei. Quem tá precisando?
A: Vou sair. Se eu for no cinema vou chegar tarde.
AG: Mas você vai no cinema com ela se ela tá com gripe?
A: Você não tá com gripe mesmo, né? Posso toma o chimarrão?
G: Não sei né cara.
A: O quê? Pra quê? Tá com febre?
G: Tô.
A: Dor de garganta? Tá tossindo?
G: Tô.
A: Gripe? Gripe suína?
G: Sei lá.
A: Puta merda. Abre as janelas aí que tô indo.
A: Fiquei em casa enrolando, lendo. Tentando dar outra roupagem naquilo que já existiu. Nóia.
G: Você acabou de desconstruir isso. Continua.
A: Pensei: vô toma um banho. Não, tô muito atrasado. Escutei um barulho de janela da sacada, pensei que meus pais saiam da sala pra lá, lembrei do termômetro e pensei que era o momento. Escutei outro barulho e pensei: nossa, não vai dar pra pegar mais.
G: Hahaha.
A: Cara, os ruídos que a gente faz pra disfarçar os barulhos. Tipo: puxar a descarga pra peidar. Entrei na cozinha, daí eu fiz o ruído: abrir o armário. Isso pra pegar o termômetro dentro da caixinha, que também faz barulho. Aí eu ia ter que abrir a torneira ou a geladeira pra fazer outro barulho, pra disfarçar a caixinha. Fodeu...
G: Porra!
A: Tudo isso, e ninguém ia escutar, porque eles tavam vendo televisão. Aí não achei e tive que dar a mensagem: mãe, cadê o termômetro? Meu pai olhou pra mim.
AG: Eu não sei. Quem tá precisando?
A: Vou sair. Se eu for no cinema vou chegar tarde.
AG: Mas você vai no cinema com ela se ela tá com gripe?
A: Você não tá com gripe mesmo, né? Posso toma o chimarrão?
G: Não sei né cara.
domingo, 2 de agosto de 2009
E o que vale é a utopia
G: Tenho que discursar sobre atemporalidade. Aquela que nos deixa suspensos no tempo. Sem presente, passado ou futuro. E é o que sinto, quando ele me faz sentir assim. Lembra que falávamos do tempo? Bah, talvez num piscar de olhos eu tenha mudado minha concepção. Sem reflexão, só com emoção. E queria fazer disso eterno. Mas dura apenas alguns segundos. Passou. Droga, quero voltar. Me leva?
A: Te levar? Pra onde se não sei aonde estou. Só acho que a eternidade é muito profunda para se ficar na margem, ou na ponte, jogando pipoca doce pros peixes na água salgada.
G: Um com posto. Azedo e doce. Que se mistura. E fica insoso. E eu tento colocar o sal. Mas ele diz pare. E pede açucar. Receita mágica de não se fazer durar. Pra nunca mais acabar. Acabou.
A: O problema é que não somos mais crianças desnutridas de sentimentos, as quais um soro caseiro resolveria o problema. O azedo surgiu e não podemos exagerar no açucar e muito menos no sal.
G: Esqueci de fazer o discurso, perdi ele.
A: Te levar? Pra onde se não sei aonde estou. Só acho que a eternidade é muito profunda para se ficar na margem, ou na ponte, jogando pipoca doce pros peixes na água salgada.
G: Um com posto. Azedo e doce. Que se mistura. E fica insoso. E eu tento colocar o sal. Mas ele diz pare. E pede açucar. Receita mágica de não se fazer durar. Pra nunca mais acabar. Acabou.
A: O problema é que não somos mais crianças desnutridas de sentimentos, as quais um soro caseiro resolveria o problema. O azedo surgiu e não podemos exagerar no açucar e muito menos no sal.
G: Esqueci de fazer o discurso, perdi ele.
sábado, 1 de agosto de 2009
Começando a cortar o mármore
AG: Começa onde?
A: Lá embaixo.
G: Ou onde você quiser, é cíclico.
A: Que porra!
AG: As vezes penso ser extremamente comum. Não gero conversas desse tipo com ninguém.
G: Bom pra ti. Acho que nós é que somos a maioria.
A: É sempre o trivial, coisa para as pessoas rirem e se ocuparem da vida alheia sem acrescentar nada.
G: Por isso as pessoas curtem tanto novelas?
G: Tomei um chimarrão na solidão que foi só inspiração!
A: Só destruir e causar tristeza nas vítimas das línguas afiadas.
G: Ainda usam navalhas? Por que quem não sente não tem bagagem emocional para dar associação com as coisas.
A: Bagagem emocional para vestir o turista que se aventura na viagem da leitura; das idéias com poucas amarras.
G: Cuidado, estamos dando nós que nos prendem!
A: O tempo, as horas - meu celular atrasou de novo. Na outra vez que isto aconteceu um amigo pianista me disse que foi outra amiga que me pregou uma peça, atrasando em uma hora meus compromissos até que eu me atentasse para a falha. Agora ninguém boicotou atrasando-me, mas sei que os minutos derramados me impulsionam a seguir com os compromissos.
G: Se alguém nos faz perder o fio é o tempo, mas só ele também é capaz de proporcionar ao viajante as maiores experiências. Viu... convergimos para o mesmo pensamento e acabamos - - no tempo.
A: Tem que dar gancho - mudar nexo por gancho. Amarras, ganchos e nexos.
G: Presas? No tempo. Ou melhor: presas? Do tempo.
A: Mas o tempo também impulsiona. Depende da agenda do tempo. Somos presas do tempo?
AG: Eu também detesto agenda.
A: Tá tudo aí os ganchos.
G: É só amarrar a rede e se balançar!
A: Lá embaixo.
G: Ou onde você quiser, é cíclico.
A: Que porra!
AG: As vezes penso ser extremamente comum. Não gero conversas desse tipo com ninguém.
G: Bom pra ti. Acho que nós é que somos a maioria.
A: É sempre o trivial, coisa para as pessoas rirem e se ocuparem da vida alheia sem acrescentar nada.
G: Por isso as pessoas curtem tanto novelas?
G: Tomei um chimarrão na solidão que foi só inspiração!
A: Só destruir e causar tristeza nas vítimas das línguas afiadas.
G: Ainda usam navalhas? Por que quem não sente não tem bagagem emocional para dar associação com as coisas.
A: Bagagem emocional para vestir o turista que se aventura na viagem da leitura; das idéias com poucas amarras.
G: Cuidado, estamos dando nós que nos prendem!
A: O tempo, as horas - meu celular atrasou de novo. Na outra vez que isto aconteceu um amigo pianista me disse que foi outra amiga que me pregou uma peça, atrasando em uma hora meus compromissos até que eu me atentasse para a falha. Agora ninguém boicotou atrasando-me, mas sei que os minutos derramados me impulsionam a seguir com os compromissos.
G: Se alguém nos faz perder o fio é o tempo, mas só ele também é capaz de proporcionar ao viajante as maiores experiências. Viu... convergimos para o mesmo pensamento e acabamos - - no tempo.
A: Tem que dar gancho - mudar nexo por gancho. Amarras, ganchos e nexos.
G: Presas? No tempo. Ou melhor: presas? Do tempo.
A: Mas o tempo também impulsiona. Depende da agenda do tempo. Somos presas do tempo?
AG: Eu também detesto agenda.
A: Tá tudo aí os ganchos.
G: É só amarrar a rede e se balançar!
Link
A: Puta que pariu vamos ter que beber todo dia.
G: Foda, muito foda. Tá loco bixo. Essa sou eu cara. Isso que é massa.
A: Ah, isso eu não vou colocar.
grande pausa
A: Beber todo dia. Em pról da arte.
A: Ainda não decorei se eu sou o Andros ou o Gynos. Quem sabe minha falha de memória seja uma 'cutucada' no senso comum.
G: Não consigo parar de rir. Chorei.
A: Eu já falei isso: é muito mais fácil falar do que escrever. Tem que gravar! Alguém me falou isso. Veio do organismo.
A: Li na internet que depois de dez minutos de discussão as pessoas começam a falar de seus problemas pessoais. É importante frisar, com s, que a conversa é uma discussão.
A preparar um gole, um trago de álcool.
O que a experiência nos traz? O vício.
A: Você tem mais vícios do que eu?
G: Tenho.
A: Amanhã eu não vou pra natação.
G: Foda, muito foda. Tá loco bixo. Essa sou eu cara. Isso que é massa.
A: Ah, isso eu não vou colocar.
grande pausa
A: Beber todo dia. Em pról da arte.
A: Ainda não decorei se eu sou o Andros ou o Gynos. Quem sabe minha falha de memória seja uma 'cutucada' no senso comum.
G: Não consigo parar de rir. Chorei.
A: Eu já falei isso: é muito mais fácil falar do que escrever. Tem que gravar! Alguém me falou isso. Veio do organismo.
A: Li na internet que depois de dez minutos de discussão as pessoas começam a falar de seus problemas pessoais. É importante frisar, com s, que a conversa é uma discussão.
A preparar um gole, um trago de álcool.
O que a experiência nos traz? O vício.
A: Você tem mais vícios do que eu?
G: Tenho.
A: Amanhã eu não vou pra natação.
Conexões sem fio
A: Eu tava no restaurante indiano, mongueando, lendo um livro de metodologia científica. Meditando sobre como assimilar o livro e o que deveria guardar dele. Quais seriam as ferramentas, os utilitários para uma próxima leitura. Sem foco as páginas vão virando e nessa bruma desfocada avisto um casal vindo em minha direção.
AG: Você por aqui? O que você tá lendo?
A: Sabe que eu nunca gostei de responder essa pergunta. Porque eu não consigo sintetizar minha leitura.
G: É intimamente pessoal. Eu sempre grifo o que estou lendo e só assim absorvo o que eu sentia no momento.
G: A gente vomita em cima dos 'cara'. Não dá tempo de eles exporem as idéias deles. Não dá tempo de perguntar, de responder. Nossa idéia é fixa e pré-concebida.
A: Eu cheguei e comprei uma água. Perguntei se ela queria degustar.
AG: Isso não tem como degustar, é insípido.
A: E se minha mãe falava em diminutivo e eu a criticava que já era adulto?
G: O diminutivo nos torna menos adultos?
G: A gente vai perdendo o fio da meada.
A: O que que é meada? Porque o fio eu já perdi.
G: Você já perdeu tudo aqui. Bah, esqueci do conhaque.
G: O que eu falei. Não lembro. Ah, era sobre tua colocação sobre megalomania. Viramos heróis de nós mesmos.
A: Agasalhar o nosso ego. Ansiedade. Você falou da megalomania?
G: Vou suprimir essa parte.
A: Nossa cabeça é assim, e tem pessoas que entendem isso. É muito louca a música clássica. O nosso ego tá com frio, tem que dar uma esquentadinha nele.
G: Gin com tônica.
AG: Você por aqui? O que você tá lendo?
A: Sabe que eu nunca gostei de responder essa pergunta. Porque eu não consigo sintetizar minha leitura.
G: É intimamente pessoal. Eu sempre grifo o que estou lendo e só assim absorvo o que eu sentia no momento.
G: A gente vomita em cima dos 'cara'. Não dá tempo de eles exporem as idéias deles. Não dá tempo de perguntar, de responder. Nossa idéia é fixa e pré-concebida.
A: Eu cheguei e comprei uma água. Perguntei se ela queria degustar.
AG: Isso não tem como degustar, é insípido.
A: E se minha mãe falava em diminutivo e eu a criticava que já era adulto?
G: O diminutivo nos torna menos adultos?
G: A gente vai perdendo o fio da meada.
A: O que que é meada? Porque o fio eu já perdi.
G: Você já perdeu tudo aqui. Bah, esqueci do conhaque.
G: O que eu falei. Não lembro. Ah, era sobre tua colocação sobre megalomania. Viramos heróis de nós mesmos.
A: Agasalhar o nosso ego. Ansiedade. Você falou da megalomania?
G: Vou suprimir essa parte.
A: Nossa cabeça é assim, e tem pessoas que entendem isso. É muito louca a música clássica. O nosso ego tá com frio, tem que dar uma esquentadinha nele.
G: Gin com tônica.
Na casa de um amigo
AG: Olha o que a gente trouxe pra você! Espera. Vou pegar o meu. Vamos fazer um dueto! Você assopra com o nariz e faz as coisas com a boca.
A: Como se chama quando é dois filmes?
G: Uma bilogia?
G: Guaco, limão brabo e mel.
AG: Descola tudo.
A: Até o nexo! Acho que tomei muito disso.
A: Tá com a cabeça longe?
G: Tô pensando em como as pessoas comportam suas vidas em lugares tão pequenos. Pensei no meu apartamento.
A: É, é. Eu sou o oposto disso, vou descartando tudo.
G: Vocês não iam fazer um dueto?
AG: Sai pela sua orelha o som?
AG: Sai por todos os meus orífícios.
A: Como se chama quando é dois filmes?
G: Uma bilogia?
G: Guaco, limão brabo e mel.
AG: Descola tudo.
A: Até o nexo! Acho que tomei muito disso.
A: Tá com a cabeça longe?
G: Tô pensando em como as pessoas comportam suas vidas em lugares tão pequenos. Pensei no meu apartamento.
A: É, é. Eu sou o oposto disso, vou descartando tudo.
G: Vocês não iam fazer um dueto?
AG: Sai pela sua orelha o som?
AG: Sai por todos os meus orífícios.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Peter Pan
Toca o telefone.
A: Alô. Vamos fazer uma festa?
G: Como assim? Onde? Quando? Quem?
A: Agora. Vamos chamar uma galera e levar um violão. Eu acho que eu descobri uma passagem.
G: Passagem?
A: É. A passagem pra Terra do Nunca. Vai ser divertido.
A Terra do Nunca? Essa eu NUNCA FUI.
A: Alô. Vamos fazer uma festa?
G: Como assim? Onde? Quando? Quem?
A: Agora. Vamos chamar uma galera e levar um violão. Eu acho que eu descobri uma passagem.
G: Passagem?
A: É. A passagem pra Terra do Nunca. Vai ser divertido.
A Terra do Nunca? Essa eu NUNCA FUI.
Velvet Underground
G: Ouvindo tango ele acelera. Não rola a velocidade. Bate no volante dando o tranco nos cavalos. Buzina quando as vê e grita - gatas!
G: Um cara diz que colocaram álcool em gel no seu trabalho.
A: Nada mais surreal que isso. Estamos comendo pipoca em um bar.
AG: Amanhã tenho que acordar cedo. Trabalho com mármores e granitos.
A: De onde vem os mármores?
AG: Das jazidas.
G: Lembrei dos jazigos, morri!
AG: Gosto diferente o da pipoca, bom.
A: Vamos pegar mais uma pipoquinha dessa?
G: Certeza!
A: Eu li um livro. Tive uma pira e cheguei no andrógino. Caralho, que é que eu queria falar? João e Maria comiam amendoins andando na floresta, as cascas jogadas eram o caminho de volta.
G: Tá e daí?
A: O fio: duas crianças conversam entre si por duas latas e um fio esticado.
G: Corda bamba. Palavras ao vento, ao tempo, ao homem que se ama.
A: Aonde perdemos o nexo?
G: No tempo.
A: Então me dá um cigarro da latinha.
G: Um cara diz que colocaram álcool em gel no seu trabalho.
A: Nada mais surreal que isso. Estamos comendo pipoca em um bar.
AG: Amanhã tenho que acordar cedo. Trabalho com mármores e granitos.
A: De onde vem os mármores?
AG: Das jazidas.
G: Lembrei dos jazigos, morri!
AG: Gosto diferente o da pipoca, bom.
A: Vamos pegar mais uma pipoquinha dessa?
G: Certeza!
A: Eu li um livro. Tive uma pira e cheguei no andrógino. Caralho, que é que eu queria falar? João e Maria comiam amendoins andando na floresta, as cascas jogadas eram o caminho de volta.
G: Tá e daí?
A: O fio: duas crianças conversam entre si por duas latas e um fio esticado.
G: Corda bamba. Palavras ao vento, ao tempo, ao homem que se ama.
A: Aonde perdemos o nexo?
G: No tempo.
A: Então me dá um cigarro da latinha.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
O trivial do dia atípico
A: Ontem fui comprar uma sunga e um óculos. Fiz o teste médico, tive que ficar de cueca, tranquilo, o cara pegando minhas gorduras, extremamente sensual. E hoje ficar de sunga foi sensacional. Vamos conquistar várias garotas fazendo natação. Depois li sobre tuberculose e cancerígenos, e o tuberculoso é romantismo puro. Toquei violão, achei fantástico, doeu os dedos; entrei em depressão.
G: Foi, foi - como é que era? Era isso que eu queria dizer. Acordei dormindo, não despertei até agora na verdade.
A: Que horas são?
G: São 22:00. Dor, calafrio, sensação ruim, falta de oxigenação no cérebro - muito cheiro de álcool etílico! Tá todo mundo passando álcool na mão. Maço de cigarro - choro, soluço, pão doce e esmalte fúnebre. Depois: uma decisão que não pode ser tomada - e aí uma reticência gigante. A pergunta é: o que você quer fazer nos seus próximos dez anos? Hoje, lavar muita roupa suja minha - de dentro: metáfora.
G: A gente podia discursar numa próxima sobre sinônimos, homônimos, 'paranônimos'!
A: Oxímoros - ah, comprei uma gramática.
intensas gargalhadas
linguagem oral, conversa, totalmente oral. você compreende? há necessidade de arrumar? mas, porque? a gente quer arrumar? nunca quizemos. talvez por tentar organizar e dar nexo a tantas idéias e histórias que não temos documentadas. e talvez por isso o peso da existência seja tão grande! e por hoje é o fim do começo!
G: Foi, foi - como é que era? Era isso que eu queria dizer. Acordei dormindo, não despertei até agora na verdade.
A: Que horas são?
G: São 22:00. Dor, calafrio, sensação ruim, falta de oxigenação no cérebro - muito cheiro de álcool etílico! Tá todo mundo passando álcool na mão. Maço de cigarro - choro, soluço, pão doce e esmalte fúnebre. Depois: uma decisão que não pode ser tomada - e aí uma reticência gigante. A pergunta é: o que você quer fazer nos seus próximos dez anos? Hoje, lavar muita roupa suja minha - de dentro: metáfora.
G: A gente podia discursar numa próxima sobre sinônimos, homônimos, 'paranônimos'!
A: Oxímoros - ah, comprei uma gramática.
intensas gargalhadas
linguagem oral, conversa, totalmente oral. você compreende? há necessidade de arrumar? mas, porque? a gente quer arrumar? nunca quizemos. talvez por tentar organizar e dar nexo a tantas idéias e histórias que não temos documentadas. e talvez por isso o peso da existência seja tão grande! e por hoje é o fim do começo!
Com conhaque
G: Hoje dava um belo texto suicida.
A: Você não leu meu último texto?
G: Acho que tu me mandou pelo MSN.
A: O da criança suicida?
A: Você não leu meu último texto?
G: Acho que tu me mandou pelo MSN.
A: O da criança suicida?
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