terça-feira, 4 de agosto de 2009

Zé Quadrado

G: Conte-me mais de ti.
AG: Mais de mim? Não sei falar de mim eu acho. Talvez eu fale só sobre o que eu acho que sou.
G: Ótimo.
AG: E tu? Me fale de ti então... pra eu ver se sei falar de mim.
G: Descobri que preciso de molduras pois nunca as tive. Pinto as telas jogando tinta sem pensar no sentido que elas terão. Talvez as molduras dessem sentido, ou mesmo o fato de não deixar as telas jogadas fosse um alento.
AG: O problema é que as molduras limitam.
G: Quero só as que embelezam, e me dão sentido.
AG: Eu também careço de sentido.

G: Rasgada de tristeza essa música.
AG: É. Mas é uma tristeza boa.
G: Será? Vou escutar de novo.
AG: Eu tô muito estranho hoje. Ansioso e cansado.
G: Nossa. Sinto a mesma coisa.
AG: Não sei se quero sair correndo ou me atirar na grama.
G: Grama! Adoro grama!
AG: Acho que o ideal seria o conjunto. Corre, corre, e se atira na grama.
G: Excelente!

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