domingo, 2 de agosto de 2009

E o que vale é a utopia

G: Tenho que discursar sobre atemporalidade. Aquela que nos deixa suspensos no tempo. Sem presente, passado ou futuro. E é o que sinto, quando ele me faz sentir assim. Lembra que falávamos do tempo? Bah, talvez num piscar de olhos eu tenha mudado minha concepção. Sem reflexão, só com emoção. E queria fazer disso eterno. Mas dura apenas alguns segundos. Passou. Droga, quero voltar. Me leva?

A: Te levar? Pra onde se não sei aonde estou. Só acho que a eternidade é muito profunda para se ficar na margem, ou na ponte, jogando pipoca doce pros peixes na água salgada.

G: Um com posto. Azedo e doce. Que se mistura. E fica insoso. E eu tento colocar o sal. Mas ele diz pare. E pede açucar. Receita mágica de não se fazer durar. Pra nunca mais acabar. Acabou.

A: O problema é que não somos mais crianças desnutridas de sentimentos, as quais um soro caseiro resolveria o problema. O azedo surgiu e não podemos exagerar no açucar e muito menos no sal.

G: Esqueci de fazer o discurso, perdi ele.

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